Espreito. A encosta está livre, sigo pelo trilho assinalado. Não fui a primeira. O caminho já acusa pegadas de diferentes origens. As árvores denunciam a sua solidão e mostram a sua verdadeira essência. A chuva não perdoa, e disfarça as lágrimas do meu rosto. O cabelo funciona como um conta-gotas afinado. Sabe bem, estar perdida no meio do verde. As botas arrastam-se em lama. A beleza define-se no silencio e é recortada pelos diferentes tons de verde, de vez em quando envadido pelo castanho da terra molhada. A água nasce debaixo dos meus pés e tudo é vida. O gelo da água nos ossos adormece-me o cérebro. Sintonizo a frequência da água da cascata e respiro vida. As pernas fraquejam, e ouço o coração a bater como forma de responder ao esforço. O piso da calçada revela proximidade de habitações, fim de trilho. Bem que parecia que ias estar à minha espera...
Tuesday, February 06, 2007
Trilho de vida...
Espreito. A encosta está livre, sigo pelo trilho assinalado. Não fui a primeira. O caminho já acusa pegadas de diferentes origens. As árvores denunciam a sua solidão e mostram a sua verdadeira essência. A chuva não perdoa, e disfarça as lágrimas do meu rosto. O cabelo funciona como um conta-gotas afinado. Sabe bem, estar perdida no meio do verde. As botas arrastam-se em lama. A beleza define-se no silencio e é recortada pelos diferentes tons de verde, de vez em quando envadido pelo castanho da terra molhada. A água nasce debaixo dos meus pés e tudo é vida. O gelo da água nos ossos adormece-me o cérebro. Sintonizo a frequência da água da cascata e respiro vida. As pernas fraquejam, e ouço o coração a bater como forma de responder ao esforço. O piso da calçada revela proximidade de habitações, fim de trilho. Bem que parecia que ias estar à minha espera...
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